O BIM para além do projetista

DITZ, J; FAZENDA, C. W.

2/1/20242 min read

Os últimos anos foram – e estão sendo – tomados por processos tecnológicos inovadores em muitos meios, e na construção não é diferente. Apesar de ainda persistir em muitos seres o estereótipo negativo da obra, o que não é uma inverdade, os processos executivos e projetuais vêm sendo aprimorados.

O Building Information Modeling (BIM) trouxe ao mundo da arquitetura, engenharia e construção a ideia de que não se projete mais utilizando linhas ou textos, mas sim a informação integrada. Na representação projetual (planta baixa, cortes e fachadas), uma porta, por exemplo, agora não é mais um conjunto de linhas, mas um elemento construtivo, que agrega informações como dimensões, fabricante, e material utilizado. Vantagens para o projetista e para o executor? Sim, mas vai bem além disso.

É sabido que ao consumidor final – investidor ou proprietário – pouco interessa a informação do “conjunto de linhas” descrita acima, porém cada elemento da construção, seja ele uma porta, revestimento, disjuntor, louça ou tijolo, contém uma informação que é repassada à lista de materiais e, posteriormente, ao orçamento da obra. A assertividade, por consequência do emprego do BIM, aumenta consideravelmente, e quem ganha com isso é quem está investindo dinheiro.

Além disso, conflitos entre as disciplinas, como por exemplo um eletroduto invadindo o percurso de uma tubulação de água fria, fica muito mais perceptível durante a fase de projeto através da imersão no modelo tridimensional em BIM, garantido a solução prévia e a ausência de imprevistos na obra, o que elimina mais uma experiência negativa, agiliza as etapas e reduz a possibilidade do surgimento de manifestações patológicas no pós-obra.

Nesse sentido, optar por projetistas que utilizam de modelos e simulações em BIM é uma escolha racional por agregar uma série de vantagens também para quem está contratando. Se os custos investidos sem previsão prévia por incoerência de orçamento ou surgimento de imprevistos são maiores, vale a pena planejar de forma integrada, assertiva e inovadora, você não acha?!